Anu Preto

Crotophaga Ani

O anu-preto é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Conhecido também como anu-pequeno e anum (Pará e Rio Grande do Norte) e na região da Amazônia central é chamado de coró-coró.

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) krotön = carrapato; e -phagos, phagein = comer; crotophaga = comedor de carrapatos; e do (tupi) ani, anim = nome indígena tupi usado para designar um pássaro social. ⇒ Pássaro social comedor de carrapatos.

Características

Corpo franzino, mede entre 35 e 36 centímetros de comprimento e pesa entre 76 e 222 gramas de peso (Payne & Kirwan in HBW, 2016), sendo que as fêmeas da espécie apresentam peso menor que os machos.
Sua coloração é preto uniforme, possui um bico alto, forte e curto que apresenta cúlmen na mesma coloração do bico. Cauda longa e graduada.
Apesar de formar casais, vive sempre em bandos, ocupando territórios coletivos durante todo o ano. É ave extremamente sociável. Tem grande habilidade em pular e correr pela ramagem. O cheiro do corpo é forte e característico, perceptível para nós a vários metros e capaz de atrair morcegos hematófogos e animais carnívoros.
Possui mais de uma dúzia de vocalizações diferentes. Tem dois pios de alarme: a um certo grito todos os componentes do bando se empoleiram em pontos bem visíveis, examinando a situação; outro grito, emitido quando um gavião se aproxima, faz desaparecer num instante no matagal todo o grupo. Eles se divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave.

Subespécies

Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Indivíduo com plumagem leucística
O que é leucismo?

O leucismo (do grego λευκοσ, leucos, branco) é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros.

O leucismo é diferente do albinismo: os animais leucíticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.

O oposto do leucismo é o melanismo.

Alimentação

É essencialmente carnívoro, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Preda também lagartas peludas e urticantes, lagartixas e camundongos. Pesca na água rasa, e periodicamente come frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes. Presenciei em Bariri-SP, em época de sêca, um bando com 7 indivíduos se alimentando de amoras (observação pessoal, João de Almeida Prado). Alimenta-se sobretudo de ortópteros (gafanhotos), que apanha acompanhando o gado. Quando não há gado no pasto executa, às vezes, caçadas coletivas no campo: o bando espalha-se no chão, em um semicírculo, ficando as aves afastadas umas das outras por dois ou três metros. Permanecem assim imóveis e atentas e quando aparece um inseto, a ave mais próxima salta e o apanha. De tempos em tempos o bando avança. Quando pousa sobre o dorso dos bois geralmente o faz para ampliar seu campo visual. Às vezes apanha insetos em pleno voo, capturando também pequenas cobras e rãs. Frequentemente segue tratores que aram os campos.

Reprodução

Os ovos das fêmeas do anu-preto perfazem 14% do peso de seu corpo. São de cor azul-esverdeada, cobertos por uma crosta calcária, raspada sucessivamente pelo processo de virá-los durante a incubação. O anu-preto costuma trazer comida quando visita a fêmea no ninho. O macho dança em torno da fêmea, no solo. As fêmeas, embora possuam ninhos individuais, se associam mais frequentemente a um ou dois casais do seu bando para construir ninho coletivo, pôr ovos e criar a prole juntas, tendo a cooperação de machos e filhotes crescidos de posturas anteriores. Seus ninhos são grandes e profundos. Pode acontecer de um ninho ser ocupado por 6 ou 10 aves, e conter 10, 20 e até mais ovos. A postura de uma fêmea é calculada em 4 a 7 ovos. A incubação é curta, durando de 13 a 16 dias, sendo criados com sucesso meia dúzia de filhotes por vez. A boca aberta vermelha do filhote do anu-preto é marcada por três sinais amarelos. Quando os seus ninhos são abandonados, às vezes são aproveitados por outros pássaros e por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e por cobras. Os filhotes deixam o ninho antes de poder voar, com a cauda curta, e são alimentados ainda durante algumas semanas. Os filhotes ainda pequenos são facilmente espantados e fogem para todos os lados sobre os galhos em torno do ninho, mas costumam regressar ao mesmo quando o perigo passa.

Hábitos
Vive em paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao longo das rodovias costuma ser quase a única que se vê, como habitante de lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Sendo um fraco voador, mal resiste à brisa, e qualquer vento mais forte leva-o para longe. Gosta de apanhar sol e banhar-se na poeira. Muitas vezes adquire plumagem com coloração adventícia, ficando fortemente tingida com a cor da terra do local ou de cinza e carvão, sobretudo se antes correr pelo capim melado. Pela manhã e após as chuvas pousa de asas abertas para enxugar-se. À noite, para se esquentar, junta-se em filas apertadas ou aglomera-se em montões desordenados; acontece de um correr sobre as costas dos outros que formam a fila, para forçar a sua penetração entre os companheiros; arrumam as suas plumagens reciprocamente. Procura moitas de taquara para pernoitar.

Distribuição Geográfica
Ocorre desde o sudeste dos Estados Unidos da América no estado da Flórida, nas ilhas do Caribe, sudeste do México no estado de Quintana Roo, Costa Rica até o Equador, arquipélago de Galápagos até o norte da Argentina. Também ocorre na porção leste da América do Sul, desde o leste da cordilheira dos Andes na Venezuela, Guianas, Brasil até o norte do Uruguai.

Fonte do Texto - Wiki Aves
Fonte da Foto - @Bird.pbs

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